Outra metáfora que gosto de usar para falar dos relacionamentos é a casa. A nossa casa - o "lar doce lar". Vou explicar...
Quando recebemos visita em nossa casa, é comum o hábito de apresentar a casa, principalmente nas cidades do interior. Levamos para conhecer os cômodos e falamos da decoração, das mudanças que fizemos, dos detalhes, das pessoas que ocupam cada espaço. Cada canto tem uma caracterítica especial. Se somos pegos de surpresa por uma visita, e a casa não foi arrumada pra recebê-la, não mostramos os quartos desarrumados. Fechamos a porta, ou usamos a seguinte frase: "feche os olhos e não repare a bagunça". E aí, eu acho que a gente chama mais atenção pra bagunça. Talvez fosse melhor ficar quieto!
Mas de qualquer forma, procuramos mostrar os lugares que estão arrumados...
Em outros momentos, quando não temos muita intimidade com a visita, ela nem passa da sala. Não nos sentimos à vontade para mostrar a casa e nem tocamos no assunto. A gente convida quem a gente quer.
Conhecer a si mesmo é mais ou menos como conhecer a nossa casa. É saber cada detalhe, é olhar pra dentro e ver onde fica cada lembrança, sentimento e decisão. E só convidamos para nos conhecer, ou conhecer a "nossa casa", quando ela está arrumada, com cada coisa em seu devido lugar. Se estamos vivendo um momento bagunçado, fechamos a porta e não nos apresentamos a ninguém.
Como é bom chegar em casa, sentir o cheiro de limpeza e ver as coisas arrumadas!
Assim devemos ser também, para que convidemos o outro para estar perto de nós.