Erica Pimentel S. Souza

"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos osmelhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragemque alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se?
Foi apenas um empréstimo".
Erica Pimentel S. Souza
  • Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
  • Promete saber ser amiga (o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
  • Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
  • Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e, portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
  • Promete se deixar conhecer?
  • Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
  • Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
  • Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
  • Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com a própria solidão, que casamento nenhum elimina?
  • Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
  • Sendo assim, declaro-os mais que marido e mulher: declaro-os maduros.


Erica Pimentel S. Souza
Tenho tentado acompanhar as inovações tecnológicas... mas o tempo é precioso demais, e esses recursos virtuais acabam tomando muito desse tempo.
Descobri que prefiro estar com as pessoas, por isso tenho investido mais do meu tempo para estar com elas.
Manter o blog atualizado é muito complicado...
É mais fácil manter o facebook.

Não vou deletar o blog, mas você me encontra com mais frequência no outro espaço virtual... ou pessoalmente.


Erica Pimentel S. Souza
"LIMITES" de Monica Monasterio (Madrid-Espanha)

Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos os erros de nossos progenitores. E com o esforço de abolir os abusos do passado, somos os pais mais dedicados e compreensivos mas, por outro lado, os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas", ousadas, agressivas e poderosas do que nunca.
Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ter, passamos de um extremo ao outro.
Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.
Os últimos que tivemos medo dos pais e os primeiros que tememos os filhos.
Os últimos que cresceram sob o mando dos pais e os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.
E o que é pior, os últimos que respeitamos nossos pais e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.
À medida em que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudou de forma radical, para o bem e para o mal.
Com efeito, antes se consideravam bons pais aqueles cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens e os tratavam com o devido respeito. E bons filhos, as crianças que eram formais e veneravam seus pais.
Mas, à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram-se desvanecendo, hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco os respeitem.
E são os filhos quem, agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem as suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver. E além disso, os patrocinem no que necessitarem para tal fim. E seus palpites também. "Exercem pressão para direcionar a trajetória dos pais, para que isso nao atrapalhe seus planos futuros".(LCM)
Quer dizer: os papéis se inverteram, e agora são os pais quem tem que agradar a seus filhos para ganhá-los e não o inverso, como no passado.
Isto explica o esforço que fazem hoje tantos pais e mães para ser os melhores amigos e "tudo dar" a seus filhos.
Dizem que os extremos se atraem. ("muitos filhos talvez não tenham a devida força para o enfrentamento dos obstáculos da vida, tal a facilidade que os pais lhe proporcionam"(LCM) Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais, a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo ao nos ver tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que, durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão.
Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.
Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando-os e não atrás, os carregando e rendidos à sua vontade.
É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.
Os limites abrigam o indivíduo.
Com amor ilimitado e profundo respeito.

(Gentileza de Monica Monasterio-Madrid-España)
Erica Pimentel S. Souza
O Arroz de Palma de Francisco Azevedo
Família é prato difícil de se preparar.
São muitos ingredientes.
Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo.
Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência.
Não é para qualquer um.
Os truques, os segredos, o imprevisível.
Às vezes, dá até vontade de desistir.
Preferimos o desconforto do estômago vazio.
Vem a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio.
Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite.
O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares.
Súbito, feito milagre, a família está servida.
Fulana sai a mais inteligente de todas.
Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade.
Sicrano, quem diria?
Solou, endureceu, murchou antes do tempo.
Este, é o mais gordo, generoso, farto, abundante.
Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe.
Ela, a mais apaixonada.
A outra, a mais consistente.
E você?
É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia?
Como saiu no álbum de retratos?
O mais prático e objetivo?
A mais sentimental?
A mais prestativa?
O que nunca quis nada com o trabalho?

Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo.
Reúna essas tantas afinidades e antipatias que fazem parte da sua vida. Não há pressa.
Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo.
Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados.
Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola.
Não se envergonhe de chorar.
Família é prato que emociona.
E a gente chora mesmo.
De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado:
temperos exóticos alteram o sabor do parentesco.
Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente
e nos parecem estranhas ao paladar, tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas.
Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto, é um verdadeiro desastre.
Família é prato extremamente sensível.
Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido.
Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional.
Principalmente, na hora que se decide meter a colher.
Saber meter a colher é verdadeira arte.
Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita.
Bobagem. Tudo ilusão.
Não existe Família à Cubana; Familia à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière;
Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria.
Família é afinidade, é "à Moda da Casa"
E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas.
Outras apimentadíssimas.
Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta,
que você suporta só para manter a linha.
Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo.
Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa.
A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia.
A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel.
Muita coisa se perde na lembrança.
Principalmente, na cabeça de um velho já meio caduco como eu.
O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar,
família é prato que você tem que experimentar e comer.
Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana,
na louça, no alumínio ou no barro.
Aproveite ao máximo.
Família é prato que, quando se acaba,
NUNCA MAIS SE REPETE!

E daí... só saudade!
Erica Pimentel S. Souza
Esse vídeo será usado no curso com as crianças. Olha que lindo! Serve para todos nós...
Erica Pimentel S. Souza
Amanhã começo um turma do curso Educação Financeira para Crianças. Estou preparando muita coisa legal pra essa turminha.
Tenho postado vídeos, e pequenos textos no facebook, e você me encontra com mais frequência por lá.
Tenho usado o blog para expor textos maiores, e isso tem sido mais esporádico.

Mas... fiquem ligados, em 2011 virá muita coisa boa por aí... ou melhor, por aqui.

Obrigada pela Visita